A greve dos metroviários na manhã desta quinta-feira (23) paralisa as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e o monotrilho linha 15-Prata. O movimento foi aprovado em assembleia nesta quarta-feira (22) após as negociações com a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) não terem avançado.
A categoria pede pagamento da Participação nos Resultados nos últimos três anos e soluções para problemas de falta de funcionários e de investimentos.
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A prefeitura informou a suspensão do rodízio municipal de veículos durante toda esta quinta-feira (23).
Narciso Fernandes, diretor do sindicato, disse à Agência Brasil que a categoria está aberta à negociação e que concorda em adotar um plano de contingência, retornando à operação, caso o Metrô libere as catracas.
“A própria Justiça propôs esse plano de contingência, a categoria aprovou e estamos cobrando o Metrô que implemente desta forma. Poderíamos pedir para os trabalhadores voltarem a trabalhar com catraca aberta pra não prejudicar a população”, explicou.
Segundo ele, a adesão dos metroviários foi ampla e apenas supervisores estão disponíveis para operar, de modo que não há condições funcionamento com segurança.
Em nota, o Metrô disse que não “há justificativa para que o Sindicato dos Metroviários declare greve reivindicando o que já vem sendo cumprido pela empresa”.
“Essa realidade não possibilita o pagamento de abono salarial neste momento, já que a empresa teve significativas quedas de arrecadação pela pandemia e não teve ainda o retorno total da demanda de passageiros, se comparada a 2019”, diz o texto.
A companhia informou que acionará seu plano de contingência para garantir o funcionamento mínimo do sistema.
A categoria faz hoje uma nova assembleia, às 18h30, para avaliar o movimento e cobrar negociações e atendimento das reivindicações pelo governo do estado.
Liberação de catracas
O TRT indeferiu liminar na qual o Metrô pedia para fixar um quantitativo mínimo de funcionamento dos trens em caso de greve. Na decisão, foi acatada a liberação das catracas, método proposto pelo sindicato dos trabalhadores para afastar a possibilidade de danos à população.
“Segundo a juíza relatora da decisão, Eliane Aparecida da Silva Pedroso, dessa forma não ocorre diminuição da oferta dos serviços de transporte à comunidade, diferentemente do que foi proposto pelo sindicato patronal. Na opinião da magistrada, greve é um incômodo e tem o objetivo de mobilizar a sociedade em torno das exigências e necessidades de uma coletividade”, afirma comunicado do TRT.
Linhas de ônibus
A SPTrans informou que prolongou duas linhas e reforçou a frota de 13 já existentes que atendem o eixo das linhas de metrô na cidade. O órgão da prefeitura informou ainda que acompanha a movimentação de passageiros nas linhas municipais desde a 0h e determinou às concessionárias do sistema municipal de transporte público coletivo para que mantenham a operação da frota operacional em 100% ao longo do dia, inclusive entre os picos.
Linhas concedidas
As concessionárias ViaMobilidade e da ViaQuatro, que operam as linhas 4-Amarela e 5-Lilás de metrô; e as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos, informou que as operações seguem normalmente nesta quinta-feira e que avalia a disponibililzação de novos trens para reforço da operação.
*Matéria ampliada às 9h23 para inclusão do 10° parágrafo, sobre nova assembleia no final da tarde
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